quinta-feira

Existirão?


Existirão acasos ou sómente pedaços de coisas que a pouco e pouco mesmo de forma desordenada se vão encaixando na vida de cada um?
Existirão acasos ou estaremos nós por momentos distraídos, perdidos na balbúrdia dos dias que teimamos em viver na corrida desenfreada do fim sem nos deixarmos embalar por tanto quanto se intermeia e afinal é quanto vale?
Existirão acasos ou pequenos milagres que a pouco e pouco dão sentido às vidas bafientas e poluídas que vestimos sem dar conta ao romper das manhãs assim que os sonhos se esvaziam e os pesadelos se pôem de pé?
Existirão acasos ou pequenas reticências, esperanças em pausas ritmadas que dão melodia a uma vida que doutra forma se tornaria monocórdica?
Sofia vivera na sua vida muitos acasos. Muitos viveria ainda. Traziam-lhe sempre algo novo, fresco, revitalizador. Muitas vezes as respostas para as muitas perguntas que se costumava fazer. Era uma mulher muito introspectiva. Podia não verbalizar muito do que sentia, mas sentia sempre muito. Demais, até. E talvez não fosse por acaso.

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